07- Discipulado Maralto.
Sobre a invisibilidade da vida cristã.
A justiça oculta.
Na invisibilidade da vida de um discípulo, estamos sendo treinados pelo mestre a exercermos o chamado dEle para as nossas vidas de uma maneira em que Ele sim apareça, enquanto nos tornamos invisíveis aos olhos da multidão. Deste ponto de vista, o discípulo que age em obediência, se torna justificado pelo seu Senhor, de maneira que a honra pertence a Deus, mas a alegria de ser um instrumento nas mãos dEle é do discípulo. É através da cruz de Cristo que o extraordinário de Deus acontece na comunidade dos santos, onde a obediência simples é o meio pelo qual tudo se explica como favor dos céus para as nossas vidas.
A forma como Deus nos torna visíveis para a humanidade é revelando as obras que no secreto fazemos para Ele. É através da nossa invisibilidade nEle que corresponde o amor é o reconhecimento do Pai na vida dos seus discípulos. O reconhecimento é a recompensa da invisibilidade ordenada por Deus. Aqueles que decidirem morrer para si e se encontram na vida de outrem, abnegando seus próprios direitos para servirem seus irmãos na invisibilidade, podem ter a certeza de que seu trabalho não será vão no Senhor. Sim, uma recompensa está sendo preparada pelo Pai para estes, naquele grande dia o receberão das mãos do Criador.
A invisibilidade da oração.
É bem verdade que a oração é uma necessidade de todo aquele que se diz cristão, mas isso não quer dizer que Deus ouve todas as orações. Para ter acesso diante do Pai através das orações é preciso ter comprometimento no discipulado de Jesus. A alegria e a certeza que o crente tem em realizar suas petições a Deus através das orações é saber que temos um Pai que sabe dar boas dádivas aos seus filhos. Se somos filhos também somos herdeiros das bem aventuranças de nosso Pai.
Quando um discípulo necessitado de pão ora ao Pai, ele não pede o sustento próprio apenas, mas de todos seus irmãos necessitados, pois assim como o pão é nosso, o Pai também é. Deus está comprometido conosco da mesma forma como estamos comprometidos com nossos irmãos, não somente nos sustentando, como provendo compaixão e amor fraternal entre a sua família celestial. O Senhor Jesus não anseia em perdoar somente as minhas dívidas, mas as de todos os seus filhos, bem como, se tornar um suporte para os dias onde a nossa fé é colocada à prova, com intuito de nos reprovar diante de Deus. Este alicerce é conquistado através da invisibilidade de nossas orações a Deus.
A invisibilidade das práticas religiosas.
O nosso espírito até se acondiciona a ordenança de Jesus em amar incondicionalmente os nossos inimigos, mas a batalha travada na carne, faz com que não conseguimos obter vitória, pois a luta se torna extremamente difícil de vencer. Para enfrentarmos com êxito estes desafios entre carne e espírito temos a nossa disposição uma ferramenta que com certeza contribui perfeitamente, ela se chama: jejum. A mortificação da carne favorece uma conectividade muito maior com o espiritual. O discípulo de Cristo que prática regularmente este hábito de jejum não só cresce espiritualmente como também obtém maior número de vitórias frente as investidas diárias de satanás.
A simplicidade da vida despreocupada.
Para o discípulo de Jesus a vida somente encontra um lugar de relevância enquanto estiver aos pés do mestre, sem a interposição de obstáculo algum. O discípulo precisa ser um com o seu mestre, ao ponto daquilo que vê e sente ser uma coisa só com Ele. Portanto o maior tesouro que um discípulo pode ter é a certeza de ser um vaso nas mãos do oleiro. Ser um vaso de honra ao Senhor é poder render tudo o que possui a disposição dEle e da sua obra. Administrar meus bens e talentos em favor do Reino de Deus é certeza de que estou angariando tesouros nas regiões celestiais, pois nada do que possuímos hoje poderá nos proporcionar quaisquer prazer logo após a nossa morte, você está certo disso?
Quando o ser humano se apega demasiadamente as coisas materiais observa que a ansiedade começa a fazer parte do seu cotidiano. É ela a autora de muitos problemas relacionados, quase que na maioria, a problemas com o nosso futuro. Na tentativa de garantir o nosso futuro deixamos que a ansiedade instale seu drive em nosso HD e começamos a rodar no sistema do mundo e não mais obedecemos ao sistema do Reino, pelo qual fomos criados. A única pessoa que pode inferir no nosso amanhã é Deus Pai. Sempre que tentamos dar destino para nossas vidas com base na ansiedade do amanhã, tentamos contra a soberania de Deus e isto vai gerar uma desordem catastrófica num curto período de tempo, cuidado!
Enfim, o verdadeiro discípulo de Cristo sabe reconhecer a sua paternidade e dela se deleita todos os dias. Não anda ansioso nos seus pensamentos e se comporta com generosidade e afeto na companhia de seus irmãos. Os discípulos de Jesus não tinham tudo o que queriam, mas mesmo assim, se sentiam super felizes e satisfeitos, pois tinham tudo aquilo que precisavam.
Viva agradecido com o que você tem e glorifique ao Pai pelo pão nosso de cada dia.
Pastor Sênior da Comunidade Cristã MARALTO